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Mortalidade infantil reduz 20% na região

Fernando Klein

| Edição de 10 de janeiro de 2023 | Atualizado em 10 de janeiro de 2023

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O índice de mortalidade infantil caiu para 9,3 óbitos de menores de 1 ano de idade por mil nascidos vivos no ano passado na 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana. Em 2021, a taxa ficou em 11,6, uma redução na ordem de 20%. O levantamento preliminar de 2022 foi divulgado ontem pela regional, que abrange 17 municípios. 

Arapongas teve a maior redução de mortes de recém-nascidos no período. O índice caiu de 13,7 para 4,7. Foram 1.486 nascimentos e sete óbitos no ano passado. Outro município com queda nas mortes foi Marilândia do Sul. O indicador passou de 23 para 9,8 (duas mortes em 2021 e uma no ano passado). 

Por outro lado, Apucarana registrou aumento de óbitos na faixa etária, com a taxa subindo de 11,2 para 13,2. O município registrou 1.515 nascimentos e 20 óbitos no ano passado. Outro aumento foi registrado em Mauá da Serra, com taxa passando de 11,3 para 23,8 (aumento de duas para três mortes no período). Novo Itacolomi (27,8), Mauá da Serra (23,8) e Bom Sucesso (14,9) contabilizam as maiores taxas de mortalidade na região. (Veja no gráfico) 

Segundo o levantamento, os 17 municípios da região registraram 4.511 nascidos vivos e 42 óbitos de crianças com menos de um ano de idade em 2022. No ano anterior, foram 4.555 e 53, respectivamente. 

O chefe da 16ª RS, Marcos Costa, afirma que o objetivo é reduzir ainda mais o número de óbitos, mas considera positivo o índice na casa de um dígito. 

Ele observa que o levantamento ainda é considerado preliminar, porque ainda podem entrar no relatório mortes de bebês que foram transferidos para outros hospitais. 

Segundo ele, o resultado positivo é reflexo de uma série de capacitações e reuniões com as equipes dos municípios, principalmente onde havia um maior número de óbitos de recém-nascidos. Marcos Costa cita como destaque um ciclo de oito encontros virtuais e um presencial com o médico-obstetra Marcos Takimura, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa-PR), que abordou temas ligados à urgência obstétrica com gestores e profissionais de saúde dos municípios. 

“Nós também realizamos reuniões e definimos estratégias com os municípios que estavam com mais casos de óbitos infantis, além de realizar uma articulação com hospitais e os municípios com o objetivo de reduzir o número de mortes”, afirma o chefe da 16ª RS. Ele cita ainda a adoção de um modelo descentralizado de apoio às gestantes, disponibilizando o atendimento, quando possível, em Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) próximas das casas dessas mulheres, além de um trabalho de conscientização para o autocuidado.