O prefeito de Rio Bom, Moisés Andrade, já colocou seu nome à disposição para disputar a presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região, o Cisvir. Ele vem conversando com outros prefeitos eleitos da região, incluindo Rodolfo Mota, de Apucarana, em busca de apoio para assumir o posto. O outro nome que também está cogitado para presidir o Cisvir é do prefeito de Kaloré, Washington Luís da Silva, apoiado pelo deputado federal Beto Preto. O próprio Washington ainda não definiu se disputa ou não o Cisvir, até porque ele tem boas chances de ganhar a presidência da Amuvi – Associação dos Municípios do Vale do Ivaí, por ele anteriormente já presidida. No caso do Cisvir, nunca se deve ignorar o peso de Arapongas, que também faz parte do consórcio e, em épocas passadas, chegou a brigar para presidir a entidade.
“Avião de rosca”
Ontem um político das antigas do Vale do Ivaí dizia do desrespeito na região com o ex-governador Jayme Canet Junior, que não é nem mesmo nome de rua na maioria das cidades e sequer é lembrado quando se fala em desenvolvimento do Vale do Ivaí. Foi Canet quem asfaltou grande parte das estradas da região e procurava sempre estar presente nos municípios, o que era uma verdadeira festa porque chegava de helicóptero, apelidado pelos moradores de ‘avião de rosca’. De fato, a memória do brasileiro é curta e nem sempre gente como o ex-governador Jayme Canet recebe as homenagens que lhes são devidas pela contribuição prestada aos municípios. Na época, os adversários de Canet diziam que o asfalto nas estradas do Vale do Ivaí era ‘casca de ovo’, o que não refletia a realidade. Se hoje a região é o que é, deve-se muito a Canet.
Correndo por fora
Tipo mineiro, o vereador eleito de Apucarana, José Airton de Araújo, o Deco, do Agir, vem tentando comer pelas beiradas para ganhar a presidência da Câmara Municipal. Experiente por já ter ocupado o comando do Legislativo e ter sido vereador por quatro legislaturas, Deco estaria cogitando ter o apoio até de vereadores eleitos na coligação do prefeito Rodolfo Mota, o que parece muito difícil. O próprio Rodolfo até agora não se manifestou sobre a presidência da Câmara Municipal e nem procurou se reunir como chamado “grupo dos oito”, vereadores eleitos na coligação apoiada pelo prefeito Junior da Femac e que, teoricamente, formam a maioria absoluta dos vereadores. Para evitar debandadas, o grupo tem feito reuniões constantes na tentativa de se manter unido para ter correlação de forças com o Executivo.
Inaugurar o hospital
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, vem concentrando todos seus esforços para terminar as obras do Hospital de Apucarana para inaugurá-lo antes do término do seu mandato. Como engenheiro que é, Junior tem fiscalizado constantemente a evolução das obras e garante que estarão finalizadas até fim de novembro, inclusive com todos os equipamentos hospitalares para pronto atendimento dos usuários da saúde pública. O investimento da Prefeitura só na obra física passa de R$ 20 milhões e o custo mensal para funcionar pode girar em torno de R$ 3 milhões, mesmo com a terceirização do hospital já definida para com um grupo da Bahia que controla dezenas de hospitais no país. Todos atendimentos, segundo o prefeito Junior da Femac, serão feitos pelo SUS – Sistema Único de Saúde.
Mudança nas cotas
Cientistas políticos têm debatido a falta de representatividade feminina no legislativo no país como um todo. Segundo esses cientistas, o erro está no estabelecimento de cotas nos partidos para o número de mulheres candidatas, quando, no entender deles, a cota deve ser o número de vagas no legislativo. Atualmente, a título de exemplo, dos 513 deputados federais, apenas 91 são mulheres. Se houvesse uma cota obrigatória de vagas de 30% este número subiria para 150. Na Assembleia Legislativa do Paraná, que hoje tem sua maior bancada feminina da história, são apenas 10 mulheres entre 54 parlamentares. Se a cota de cadeiras fosse estabelecida, esta representação saltaria para 16 deputadas. O mesmo vale para as Câmaras Municipais. Em Apucarana, dos 11 vereadores, pelo menos três deveriam obrigatoriamente ser mulheres. Mas é uma utopia, porque esta mudança teria que ser aprovada no Congresso Nacional e os parlamentares, em sua grande maioria homens, jamais o fariam.