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Movimentos sociais fazem ato contra violência policial

(via Agência Brasil)

| Edição de 31 de outubro de 2025 | Atualizado em 31 de outubro de 2025

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Movimentos sociais do Maranhão se mobilizam nesta terça-feira (31) em protesto contra a violência policial no Brasil. Este ato faz parte de um movimento nacional que critica a Operação Contenção, realizada recentemente nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais. Esta operação é considerada a mais letal já registrada na cidade. Em São Luís, a manifestação está marcada para começar às 16h, na Praça Deodoro.

A convocação para o encontro é feita pela Frente Negra Revolucionária, Movimento Correnteza Maranhão e a União Popular Maranhão. Os organizadores destacam que algumas das vítimas apresentaram sinais de execução.

Os movimentos sociais também criticaram a postura do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que considerou a operação um sucesso, apesar das críticas de diversas organizações, como a Anistia Internacional, que classificou a ação como "desastrosa".

Na quarta-feira (29), moradores dos Complexos do Alemão e da Penha protestaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro, acusando o governador de liderar uma "carnificina" durante a operação policial.

A Operação Contenção tinha como objetivo cumprir 100 mandados de prisão, mas apenas 20 foram efetivamente cumpridos. Durante a ação, pelo menos 15 pessoas que eram alvos dessas ordens judiciais foram mortas. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, permanece foragido e é apontado como um dos líderes do Comando Vermelho que ainda não foi capturado.

No total, foram realizadas 113 prisões, sendo que as demais ocorreram em flagrante e foram mantidas após audiência de custódia, conforme informou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.

Até o momento, o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro já identificou 100 dos 121 mortos na operação. Todos os corpos passaram por necropsia, mas os laudos finais devem ser divulgados em até 15 dias úteis. Dos 117 civis mortos, 89 já foram liberados para os familiares, que têm reclamado da demora no processo de perícia e da falta de informações.



Com informações da Agência Brasil