Uma operação policial em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, resultou na morte de uma pessoa nesta quinta-feira (16). A ação, denominada Conexões Ocultas, visava desmantelar uma quadrilha envolvida em roubos, latrocínios e receptação de celulares, alianças e motocicletas. Durante a operação, onze pessoas foram detidas.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, um dos suspeitos tentou atirar contra um policial durante sua prisão, o que levou à sua morte em legítima defesa. "Esse fato está sendo apurado", afirmou Dian, ressaltando que nenhum policial foi ferido na operação.
A investigação, que começou no ano passado, buscava identificar os responsáveis por crimes de roubo e morte, além de receptadores e suspeitos de fornecer armamentos e placas falsas. A Justiça paulista expediu 43 mandados de busca e apreensão, e 36 mandados de prisão foram representados, dos quais 15 foram cumpridos, incluindo quatro que já estavam presos.
Uma das motivações para a operação foi a morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura, ocorrida em janeiro deste ano. Dois dos detidos foram identificados como receptadores de um celular roubado pelos mesmos autores envolvidos na morte do policial. Quatro pessoas, incluindo o atirador, já foram presas.
Ronaldo Sayeg, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), explicou que o nome "Conexões Ocultas" reflete a complexidade da rede criminosa investigada. "Nossa ideia é romper essa corrente para, assim, impedir esse ciclo criminoso", disse ele.
Sayeg detalhou que o ciclo criminoso começa com o roubo e passa pela entrega dos produtos roubados a um agente facilitador, que então repassa o produto ao receptador. Este, por sua vez, coloca o material de volta no mercado formal ou clandestino, ou até mesmo o vende para fora do país. "Nossa ideia é romper esse elo, essa corrente", concluiu.
Com informações da Agência Brasil