O Governo do Estado enviou tropas especiais das forças de segurança pública para Londrina para reforçar a proteção à população após a ocorrência de manifestações violentas na cidade na noite desta segunda-feira (17) que envolveram o apedrejamento de veículos e a queima de um ônibus. A Polícia Militar do Paraná (PMPR) efetuou a prisão de quatro pessoas em flagrante, enquanto a Polícia Civil do Paraná (PCPR) identificou diversas pessoas envolvidas.
Foram registrados protestos em vários pontos da cidade, motivados pela morte de dois jovens mortos em confronto com o Choque da Polícia Militar (PM). Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa, de 20 morreram no sábado, no Jardim Santiago. De acordo com o 5º Batalhão da PM, a dupla era suspeita de participação em furtos em residência. Familiares negam relação dos dois com crimes.
O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, está em Londrina desde a manhá de ontem. Ele viajou junto com o comandante-geral da PMPR, Coronel Jefferson Silva, e o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach, para coordenar as ações policiais na cidade.
Segundo o secretário da Segurança Pública, os policiais estaduais atuaram com cautela desde o início das manifestações, mas precisaram agir a partir do momento em que elas se tornaram violentas. “Desde o primeiro momento foi garantido o direito de manifestação das pessoas de forma pacífica, mas com o passar dos dias presumimos que algumas pessoas envolvidas em outros crimes se aproveitaram da situação para tentar gerar um caos na cidade”, comentou Teixeira.
Para garantir a segurança dos trabalhadores, a Prefeitura de Londrina decidiu paralisar temporariamente os serviços de transporte coletivo e a coleta de lixo na noite de segunda-feira. Os serviços serão retomados hoje.
A corregedoria da Polícia Militar em Maringá, com o acompanhamento do Ministério Público, está acompanhamento o desdobramento da situação que provocou os protestos para garantir a isenção nas investigações.