Um Legislativo mais próximo da comunidade. Para o presidente da Câmara de Apucarana, Danylo Acioli (MDB), o primeiro ano da atual legislatura foi marcado pela reconstrução e fortalecimento de vínculos com a comunidade. Em entrevista a Tribuna/TNOnline o vereador, que está em seu primeiro mandato e é um dos mais jovens presidentes da Casa, destaca que a Câmara ‘saiu das quatro paredes’ para encontrar o cidadão.
“Minha missão foi reaver esses laços e fazer com que a população se aproximasse da Câmara, para que ela se tornasse de fato a casa do apucaranense. Então implementei um projeto de minha autoria que se chama Câmara 24 Horas para que a Câmara ficasse aberta a qualquer momento. Nós também mudamos o horário da sessão para que elas fossem no período noturno, para que as pessoas pudessem participar”, comenta.
O presidente também cita outros programas com forte atuação nessa linha, como a Escola Legislativo, que é coordenada pelo vereador Guilherme Livoti (União) e o Banco de Voluntários, do vereador Moisés Tavares (PP). Ações que já existiam na casa também ganharam mais apoio e protagonismo, caso da Procuradoria da Mulher, a cargo da vereadora Eliana Rocha (Solidariedade) e a Sessão Itinerante.”Em 80 anos de cidade foi a primeira vez que a Câmara foi até a Acia fazer uma sessão itinerante. Nós vários projetos para que a Câmara estivesse ativa, porque antes era uma câmara muito morna ou quase quase morta”, comenta.
Segundo Danylo, a nova orientação do Legislativo ganhou reconhecimento estadual. “Nós pegamos uma câmara que o índice de transparência era baixo, baixíssimo. Conseguimos entregar a ela com o selo Diamante de Transparência. Mas não só isso é a Câmara mais transparente no estado do Paraná. Nós estamos à frente de Curitiba, a frente de Londrina, a frente de Maringá, São José dos Pinhais, Toledo, Cascavel e tantas cidades que são consideradas cidades modelo, em especial no Poder Legislativo”, afirma, comentado o fato da Câmara ter saído da 90ª posição no ranking do TCE - Tribunal de Contas do Paraná para a primeira.
O presidente também destacou a articulação dos vereadores em busca de recursos. Em emendas e convênios, os parlamentares conseguiram trazer cerca de R$ 12 milhões. “Com certeza, os vereadores entenderam que política se faz também em Brasília e também em Curitiba”, afirma.
Danylo também destacou na entrevista, projetos de lei de sua autoria. A contribuição mais notória é a lei municipal número 80 de 2025, que obriga a Sanepar a incluir na conta de água as interrupções no abastecimento, prevendo, ainda, desconto na tarifa. Na semana passada, uma liminar da 2ª Vara da Fazenda Pública determinou cumprimento da legislação, sob pena de multa.
“Essa foi uma conquista do nosso mandato. Porque a realidade é que você tem falta de água, mas a conta vem mais cara, o que não faz sentido e a conta que não fecha. E que você tem que fazer? Ligar na Sanepar para a Sanepar fazer o desconto. Eu inverti o caminho. Agora a Sanepar tem que automaticamente aplicar o desconto na sua conta e informar isso lá na sua conta. Por quê? Porque fazendo isso, você pode inclusive ingressar com ações indenizatória e mexer no bolso da Sanepar, que é o órgão mais sensível”, comenta, acrescentando que a ação objeto da liminar também pede a Sanepar apresente, ao final do processo, um plano de trabalho. “Porque toda semana falta água. Eu moro no Jardim Catuaí, e toda semana falta água, todo final de semana falta água e tem muita gente que trabalha a semana inteira, precisa lavar uniforme no final de semana, precisa fazer a faxina no final de semana, precisa ter dignidade”, diz.