A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou ontem a prestação de contas do 2º quadrimestre de 2025 em audiência pública realizada pela Comissão de Saúde Pública da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Foram apresentados o panorama de investimentos e atendimentos em todo o Estado, com destaque para o programa Opera Paraná, que tem o objetivo reduzir o tempo de espera por uma cirurgia eletiva, e os avanços nos indicadores do Plano Estadual de Saúde.
“O Paraná já investiu mais de R$ 1 bilhão desde o início do Opera Paraná e aumentamos em 11% o número de procedimentos de cirurgias eletivas, o que tem permitido diminuir a fila por uma cirurgia. E nossa meta é ampliar esses investimentos já nos próximos meses”, disse o secretário de Estado de Saúde, Beto Preto.
O Opera Paraná, implementado pelo Governo do Estado e desenvolvido pela Sesa, criou a tabela Paraná, que concede um valor adicional ao procedimento realizado em relação à tabela SUS e regionalizou os atendimentos. Apenas no último ano e meio mais de 1 milhão de procedimentos foram realizados (686 mil em 2024 e 370 mil no primeiro semestre de 2025).
Segundo o secretário, a estratégia de regionalização dos atendimentos também é um dos principais pilares da eficiência do programa e amplia o leque de instituições que oferecem o procedimento, tornando possível regionalizar o atendimento.
Também foram apresentados outros resultados dentro do Plano Estadual de Saúde (PES), que define cinco diretrizes, 24 objetivos, 88 metas e 177 ações.
Entre eles, o fortalecimento da Atenção Primária da Saúde (APS), que teve um avanço em relação à meta determinada no PES, que era de 92,5% de cobertura no Paraná. O índice alcançado até o final do primeiro quadrimestre é de 95,05% de cobertura da APS.
Outro avanço se refere ao aumento dos municípios na cobertura do atendimento por telessaúde, que tinha como meta o número de 150 e já são 153 cidades do Paraná com pontos de telessaúde.
A apresentação destacou ainda a redução para 8,8% na proporção de gestações em adolescentes – percentual abaixo do definido no PES, que é de 9% –, assim como a ampliação do percentual de gestantes com sete ou mais consultas de pré-natal. O Paraná atingiu a marca de 89% das gestantes com o mínimo de sete consultas durante o pré-natal, quando a meta era de 88,5%.
Em relação a valores, o governo do Paraná empenhou R$ 4,87 bilhões em saúde entre maio e agosto, valor que corresponde a 12,68% do total arrecadado em impostos (R$ 38,4 bi). Cerca de R$ 3,7 bilhões em despesas foram liquidadas no mesmo período.
Para o presidente da Comissão de Saúde, deputado Tercílio Turini, a prestação de contas, é o momento em que deputados e população analisam a gestão de saúde no Estado. “O balanço foi muito positivo e a gente viu que o Paraná está avançando em todas as áreas e, particularmente na área da saúde”, declarou Turini.
Também participaram da audiência, os deputados Dr. Leônidas, Arilson Chiorato e Hussein Bakri, líder do Governo do Assembleia, além do diretor-geral da Sesa César Neves.

