OPINIÃO

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Eleitores não podem abrir mão do voto

Tribuna do Norte

| Edição de 29 de dezembro de 2015 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Mais de 10% dos eleitores da Comarca de Apucarana, que engloba também os municípios de Cambira e Novo Itacolomi, vão perder seus títulos. São pelo menos 13 mil pessoas aptas a votar que não compareceram ao cadastramento biométrico e não vão poder participar das eleições municipais de 2016.

O prazo terminou no último dia 22. Desde junho, os 102.940 eleitores inscritos nos três municípios da comarca foram convocados para realizar o procedimento no Fórum Eleitoral de Apucarana. Rápido, o atendimento podia ser agendado também pela internet.

O índice de eleitores que não compareceram ao Fórum Eleitoral é considerado dentro da média aceitável pelas autoridades responsáveis, no entanto, representa um contingente grande de pessoas que abriram mão de participar da eleição. Em 2016, os municípios escolhem seus prefeitos e vereadores. Trata-se de um pleito importantíssimo, pois são esses mandatários que estão mais próximos da população.

O primeiro motivo para justificar esse número de faltosos está no péssimo hábito do brasileiro de deixar tudo para a última hora. Nos dois dias que antecederam o final do prazo, longas filas se formaram no Fórum Eleitoral. Muitos precisaram esperar horas para conseguir o atendimento. Nos primeiro meses do cadastramento biométrico, os eleitores conseguiam fazer o cadastramento biométrico em poucos minutos.

O “deixar para a última hora” já faz parte da cultura brasileira, mas é algo extremamente negativo, que mostra a nossa falta de planejamento e organização diante dos compromissos.

Outro motivo para justificar esse número de eleitores ausentes pode ser a descrença na política. De fato, os casos de corrupção que vêm pipocando em todo o Brasil estão desanimando a população. A falta de confiança é generalizada e contamina todas as esferas, da nacional a municipal.

No entanto, as eleições são um instrumento importante de mudança. De nada adianta reclamar dos políticos, mas abrir mão do direito ao voto. A democracia passa pelo livre direito de escolha dos candidatos. Infelizmente, 13 mil eleitores da Comarca abriram mão desse direito.