POLÍTICA

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Lideranças de Apucarana condenam ataque aos três poderes em Brasília

Fernando Klein

| Edição de 10 de janeiro de 2023 | Atualizado em 10 de janeiro de 2023
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Políticos e lideranças de Apucarana e região se pronunciaram, nesta segunda-feira, sobre a invasão ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida no último domingo, em Brasília. Bolsonaristas radicais invadiram os três poderes e deixaram um rastro de destruição nos prédios públicos.

O secretário de Saúde do Paraná e deputado federal eleito, Beto Preto (PSD), considerou como “lamentáveis” as cenas em Brasília. “A democracia predispõe diálogo entre as divergências no campo das ideias. Qualquer violência, depredação física e simbólica das instituições é uma afronta. Podemos e devemos conviver com opiniões contrárias para construir uma sociedade melhor. Nosso processo civilizatório nos impõe uma condição humana baseada no respeito das diversidades”, disse.

O deputado estadual Arilson Chiorato (PT), que mora em Apucarana, também se posicionou. “Essa invasão ao Congresso, Palácio do Planalto e STF é um atentado à democracia e uma tentativa de golpe! Precisam ser punidos e responsabilizados!”, postou no Twitter. E acrescentou: “Resumo desse triste domingo à democracia e ao Brasil em Brasília: vandalismo + terrorismo + golpismo + fascismo + extremismo = Bolsonarismo radical! Repúdio! Punição e reparação dos danos já!”, escreveu.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), Wanderlei Faganello, lamentou o ocorrido. “Manifestações pacíficas são legítimas. Já as com atos de violência, danos ao patrimônio público ou privado são condenáveis. Manifestações como de ontem (domingo) são preocupantes. O governo eleito precisa de fato tomar medidas para unir o País, acalmar o mercado e estimular o progresso”, disse.

O vereador Luciano Molina (PL), presidente da Câmara de Apucarana, também criticou a violência empregada em Brasília. “É preciso que todos, indistintamente, se posicionem em defesa da democracia, do estado de direito. Na condição de vereador eleito, professor e, antes de tudo, como cidadão, é preciso reiterar o apreço pelo regime democrático e pela responsabilidade de agirmos todos os dias para o seu fortalecimento e aperfeiçoamento”, disse.

Segundo Molina, todas as manifestações, desde que pacíficas, devem ser permitidas e estimuladas na sociedade. “Porém, não se pode agir da maneira como ocorreu nos lamentáveis fatos registrados neste domingo, de flagrante desrespeito à ordem constitucional, aos três poderes legalmente constituídos. Ademais, não tem como considerar pacíficas manifestações que atentem contra a democracia, contra o estado de direito, contra a Constituição, contra o bem público”, assinalou.  (Leia mais nas páginas A4 e A5)

Prefeitos repudiam atos de quebra-quebra 

O prefeito de Apucarana, Junior da Femac (PSD), participou nesta segunda-feira de reunião virtual convocada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para avaliar as depredações de prédios dos três poderes da República ocorridas no último domingo, em Brasília, por parte de manifestantes bolsonaristas. No final da reunião, a FNP emitiu nota repudiando veemente as invasões e depredações e pedindo às autoridades públicas punição aos responsáveis.

Na reunião, Junior da Femac afirmou que o direito de livre manifestação é assegurado a todos, porém repudiou a forma como os atos aconteceram. “Não podemos aceitar, sob pretexto algum, invasão e depredação de patrimônio público”, defendeu Junior da Femac.

O prefeito de Arapongas e presidente da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), Sergio Onofre da Silva (PSC), disse ontem que a as manifestações ocorridas em Brasília são legítimas e de direito, porém o erro foi o quebra-quebra. “Eu sou contra quebra-quebra, assim como sempre fui contra o que o PT fazia no passado”, disse.

Para Onofre, essas manifestações devem continuar. Mas de forma pacífica, até mesmo para chamar a atenção do novo governo. “Aliás, quem ensinou a direita a fazer manifestações foi o próprio PT, agora tem que aguentar”, acrescentou.