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Ninguém nasce mãe ou pai, mas torna-se

Da Redação

| Edição de 25 de julho de 2024 | Atualizado em 25 de julho de 2024

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A chegada de um filho é um dos momentos mais transformadores na vida de qualquer pessoa. De repente, nos encontramos responsáveis por uma pequena vida que depende de nós para absolutamente tudo. É um momento repleto de alegria, medo e uma sensação avassaladora de responsabilidade. Mas é importante lembrar: ninguém nasce mãe ou pai, mas torna-se. Sabe aquele discurso dito por aí que as “mulheres nasceram para serem mães”? Não é bem assim. Pelo menos não da forma como dizem, afinal, vemos absurdos todos os dias sobre a maternidade e paternidade. É necessário querer, se dedicar, abdicar e seguir firme quando tudo parece desmoronar. Se você é pai ou mãe, sabe do que eu estou falando, não é, caro leitor e leitora?

O amor materno e paterno não é automático. Ele é cultivado diariamente, através de pequenos gestos de carinho, noites sem dormir, preocupações constantes e uma dedicação sem fim. Cada fralda trocada, cada choro acalmado, cada risada compartilhada, cada lição ensinada – todos esses momentos contribuem para a construção de uma relação única e especial.

Ao longo dos anos, vamos aprendendo a ser pais e mães. Não há manual de instruções, e cada criança é um universo à parte, com suas próprias necessidades e particularidades. O que funciona para um filho pode não funcionar para outro, e é nesse desafio diário que crescemos e nos tornamos pais e mães de verdade. A gente erra muito tentando acertar, sofre com cada erro, mas aprende que a gente também está renascendo nesta jornada. Somos crianças que cresceram, mas ainda temos muito a aprender. 

Há dias em que nos sentimos perdidos, inseguros, questionando nossas escolhas e capacidades. Mas é justamente nesses momentos de vulnerabilidade que encontramos a força para continuar. Porque ser mãe ou pai é, acima de tudo, um ato de coragem. Coragem para enfrentar o desconhecido, para admitir nossos erros e aprender com eles, para buscar ajuda quando necessário e, principalmente, para amar incondicionalmente. 

E assim, passo a passo, dia após dia, vamos nos tornando mães e pais. Não é um título que recebemos ao nascimento de nossos filhos, mas uma construção contínua, feita de amor, dedicação e aprendizado. É uma jornada que nunca termina, pois estamos sempre evoluindo, junto com nossos filhos.

Portanto, não se cobre tanto. Aceite que você está aprendendo, que haverá erros e acertos, e que tudo isso faz parte do processo. Cada desafio superado é um passo a mais na sua jornada de se tornar mãe ou pai. E lembre-se: o mais importante não é ser perfeito, mas estar presente, amar incondicionalmente e fazer o melhor que podemos a cada dia. Escolher a vida é a melhor escolha que pode ser feita. Somos imagem e semelhança de Deus, temos o poder de gerar o futuro, cuidando dele a cada fralda e colinho abnegador. 

Ninguém nasce mãe ou pai, mas torna-se. E essa transformação é, sem dúvida, uma das mais belas e profundas que podemos experimentar. A mãe se torna mãe desde a concepção, sente em si a criança crescendo e com ele o amor. Já o pai, primeiro se torna um marido melhor quando se quer fazer pai, cuidando da mãe. Mas é no momento do parto, quando ele segura em seus braços o filho esperado que a sua gestação começa de fato. Ninguém nasce pai ou mãe, repito, mas esse processo é lindo demais para passar desapercebido. Viva-o intensamente.