A disputa pelo tráfico de drogas estaria por trás das mortes registradas no fim de semana em Apucarana. A afirmação é do delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues. Em entrevista ontem pela manhã, ele afirmou que essa é a principal suspeita de motivação da execução de um homem de 33 anos na tarde de sábado no Jardim Colonial. O delegado também relaciona o assassinato a uma reação que teria motivado os quatro homens fortemente armados mortos horas depois em um confronto com a Polícia Militar.
Para o delegado, Marcio de Almeida Inácio foi executado no Jardim Colonial e o crime foi premeditado. Ele foi morto enquanto caminhava. No local, foram encontrados projéteis de armas calibre 12 e 380. “Conseguimos algumas imagens e informações que seguem em sigilo para não atrapalhar as investigações, porém, a polícia acredita que esse crime possa estar relacionado ao conflito de disputa de território para o tráfico de drogas”, explica.
Na mesma ação, outros dois homens, de 37 e 31 anos, foram baleados e levados para o Hospital da Providência. Um foi atingido no braço e segue internado, consciente. Já o outro está em estado grave, entubado. Os dois, segundo a polícia, podem ter sido atingidos porque estavam perto do alvo. “A linha de investigação aponta que só o Marcio seria o alvo, mas ainda é cedo para afirmar”, disse Marcus.
A polícia também investiga se o assassinato tem relação com os homens que morreram após confronto com a PM. Lucas Vinícius Rodrigues, 23 anos; Dione Batista da Silva Rosa, 23; Mateus Martins de Sousa Bregano, 27; e Leonardo Borges Izabel, 16; estavam em Vectra que trafegava no Contorno Norte e que recebeu voz de abordagem de policiais do Choque de Londrina.
No carro dos rapazes – três deles moradores de Apucarana e um de Cambé - , os policiais encontraram quatro armas, sendo duas de grosso calibre. A polícia acredita que eles estariam em busca de vingança pela morte de Márcio. “Acreditamos sim, que os homens mortos no confronto podem ter reação com o assassinato que aconteceu horas antes no Colonial. Eles estavam fortemente armados e reagiram à abordagem da PM. Não podemos afirmar que essas pessoas teriam executado o Marcio, estamos até quase descartando essa possibilidade. Acreditamos que eles estariam fortemente armados para uma eventual retaliação em razão da morte ocorrida mais cedo”, detalha.
Conforme o delegado, o carro pode ter sido utilizado em outros crimes. “Eles estavam em um Vectra prata, que vem sendo investigado em outros crimes e todos que morreram possuem passagens “, finaliza.
Ontem à tarde, a polícia localizou um Peugeot 308 abandonado em um matagal no Residencial Jaçanã. O mesmo modelo de carro foi descrito por testemunhas do assassinato registrado no Jardim Colonial.
Adriana Savicki e Silvia Vilarinho - [email protected]