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Inflação acumulada dos alimentos é a menor desde setembro de 2024

(via Agência Brasil)

| Edição de 24 de outubro de 2025 | Atualizado em 24 de outubro de 2025

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A prévia da inflação oficial no Brasil revela que, em outubro, os preços de alimentos e bebidas registraram uma leve queda de 0,02%, marcando o quinto mês consecutivo de deflação nesse setor. De junho a outubro, a redução acumulada foi de 0,98%.

Esses dados foram coletados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice geral desacelerou para 0,18% em outubro, após ter atingido 0,48% em setembro.

Entre setembro de 2024 e maio de 2025, os preços de alimentos e bebidas subiram por nove meses consecutivos, impulsionados por fatores como problemas climáticos que afetaram as safras. Desde então, houve cinco quedas seguidas:

  • Outubro: -0,02%
  • Setembro: -0,35%
  • Agosto: -0,53%
  • Julho: -0,06%
  • Junho: -0,02%

Com essa sequência de reduções, a inflação acumulada em 12 meses para alimentos atingiu 6,26% em outubro, superando a inflação geral do IPCA-15, que foi de 4,94% no mesmo período. Contudo, é o menor índice desde setembro de 2024, quando estava em 5,22%.

Desempenho dos Alimentos em Outubro

No IPCA-15 de outubro, os itens que mais contribuíram para a queda nos preços dos alimentos foram:

  • Cebola (-7,65%)
  • Ovo de galinha (-3,01%)
  • Arroz (-1,37%)
  • Leite longa vida (-1%)

Essas reduções representaram 0,01 ponto percentual no índice. Além disso, alguns subitens tiveram quedas expressivas:

  • Pepino: -24,43%
  • Abobrinha: -20,80%
  • Morango: -15,63%
  • Peixe castanha: -12,68%

Apesar dessas variações, o impacto desses itens no índice total não ultrapassou 0,01 ponto percentual.

Ao longo de 12 meses, as maiores quedas foram registradas para batata-inglesa (-39%), feijão preto (-32%), cebola (-27%) e pepino (-27%). Em contrapartida, houve aumentos significativos para café moído (53%), abobrinha (43%) e pimentão (36%).

Outros itens também apresentaram variações em outubro:

  • Tubérculos, raízes e legumes: -2,17%
  • Hortaliças e verduras: -1,87%
  • Cereais, leguminosas e oleaginosas: -1,24%
  • Pescados: -0,98%
  • Leites e derivados: -0,66%
  • Aves e ovos: -0,51%
  • Carnes e peixes industrializados: -0,24%
  • Carnes: -0,05%
  • Bebidas e infusões: 0,01%
  • Enlatados e conservas: 0,22%
  • Panificados: 0,23%
  • Frutas: 2,07%
  • Óleos e gorduras: 2,18%

Expectativas para o Futuro

Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados, considera o resultado de outubro positivo, indicando uma convergência para o centro da meta de inflação do governo, que é de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Queiroz destaca a importância da queda nos preços de alimentos essenciais, como arroz, leite, ovos e cebola, especialmente para famílias de baixa renda. A expectativa é que a inflação continue desacelerando nos próximos meses, impulsionada por uma safra recorde de grãos, que deve ajudar a reduzir os preços de itens básicos da cesta de consumo.



Com informações da Agência Brasil