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PF combate quadrilha que fraudava pensões da UFRJ

(via Agência Brasil)

| Edição de 30 de outubro de 2025 | Atualizado em 30 de outubro de 2025

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30) a operação Capgras, visando desarticular um grupo criminoso que desviava pensões e aposentadorias de servidores da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foram emitidos cinco mandados de prisão e, logo no início da manhã, quatro pessoas já haviam sido detidas: duas no Rio de Janeiro, uma em Nilópolis (RJ) e outra em Mogi das Cruzes (SP).

Além disso, os agentes estão cumprindo 23 mandados de busca e apreensão. Na residência do principal alvo da operação, em Mogi das Cruzes, a PF encontrou uma estação de trabalho que possivelmente era utilizada nas atividades ilícitas. Foram apreendidos computadores, arquivos, documentos, planilhas e anotações detalhando as ações da quadrilha.

Em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio, a casa de outro acusado foi alvo de buscas, resultando na apreensão de dinheiro em espécie, joias, relógios de luxo e veículos, além de celulares, uma máquina de contar dinheiro e documentos.

Denúncia e Investigação

A investigação teve início após a denúncia de um pensionista da universidade, que percebeu que um filho inexistente havia sido habilitado como beneficiário de sua pensão, recebendo parte do valor ao qual ele tinha direito. A Universidade, ao realizar uma auditoria, identificou diversos casos semelhantes e encaminhou a denúncia à Polícia Federal.

Modus Operandi da Quadrilha

A investigação revelou que a quadrilha utilizava documentos falsos para fraudar pensões, cadastrando beneficiários fictícios para receber os benefícios de servidores falecidos. O prejuízo estimado para a universidade é de R$ 1,2 milhão. A PF agora investiga se outros órgãos públicos também foram lesados pela mesma organização.

Outros Crimes e Lavagem de Dinheiro

No decorrer da investigação, os agentes identificaram outros crimes cometidos pela quadrilha, como golpes bancários e fraudes em benefícios da previdência social. O grupo também usava "laranjas" e empresas de fachada para lavar o dinheiro ilegal, movimentando cerca de R$ 22 milhões em três anos. A PF também apura indícios de que parte desse dinheiro tenha sido repassada a integrantes de uma facção criminosa atuante no Rio de Janeiro.



Com informações da Agência Brasil